Entendendo um pouco mais sobre a insônia

Você sabia que o termo “insônia” pode significar a queixa de insatisfação com a qualidade e a quantidade de sono associadas a um ou mais de diversos outros sintomas como: 1. Dificuldade para iniciar o sono, o que, nas crianças pode ser caracterizada como dificuldade de iniciar o sono sem o apoio do cuidador. 2. Dificuldade para manter o sono, caracterizada por frequentes despertares e subsequente dificuldade para retornar ao sono, que, nas crianças, pode necessitar de intervenção do cuidador. 3. Despertar precoce com inabilidade de retornar ao sono. 4. O Distúrbio do sono causa prejuízo social, ocupacional, educacional, acadêmico, comportamental e em outras áreas da vida diária.5. A dificuldade para dormir dura, pelo menos, três noites por semana. 6. A dificuldade para dormir está presente por, pelo menos três meses. 7. A dificuldade para dormir ocorre apesar de haver uma oportunidade adequada.8. A insônia não é explicada nem ocorre exclusivamente no curso de outro distúrbio do sono, como a narcolepsia, os distúrbios respiratórios do sono, distúrbio de ciclo sono-vigília, parassonias etc. 9. A Insônia não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância, como drogas de abuso ou medicações.10. Os Distúrbios clínicos e mentais coexistentes não explicam adequadamente a queixa predominante de insônia.

Hoje em dia, resumem-se em três, os principais mecanismos que ocasionam a insônia: 1. Irregularidade ou disritmia circadiana; 2. Desregulação homeostática – prejuízo do mecanismo homeostático do sono, ou seja, o acúmulo de horas de vigília falha em produzir pressão de sono, o que pode ocorrer com o envelhecimento, nos distúrbios hormonais ou em outras alterações clínicas. 3. Hiperalerta- quando um estado de alerta invade o período que seria dedicado a dormir, impedindo ou dificultando o início do sono. Esse último mecanismo é considerado o principal e não depende de um único processo, mas de uma interação entre ambos os processos e fatores psicológicos: muito comum queixas como “pensamento acelerado, não conseguir se desligar do dia para dormir”, despertar muitas vezes à noite pensando no trabalho, nas pendências nos estudos, nos problemas familiares…e, pior ainda, se o apego e influência dos eletrônicos no cotidiano for grande. Um dado comum entre diversos estudos é que a insônia está associada a: sexo feminino, idade avançada, baixa renda e baixo nível educacional. Este último e a aposentadoria estão associados ao aumento do risco de insônia em homens, enquanto o divórcio, a viuvez, o trabalho doméstico e o ruído ambiental estão associados ao aumento do risco nas mulheres.

Fale com o Cirurgião