Mitos sobre o sono

Entre os dias 11 e 18 de março celebra-se a “Semana Nacional do Sono 2018 – respeite seu sono e siga seu ritmo” e a coluna deste mês traz uma compilação de dúvidas e mitos frequentes a respeito do sono. Ótima leitura!

O álcool ajuda a dormir: Ao contrário, o álcool é nocivo para o sono. Ele apenas facilita o adormecimento, mas o sono propriamente dito é mais superficial e fragmentado e, além disso, o álcool agrava o ronco e as apneias.

Deve-se dormir com o estômago cheio: O sono será pior após uma refeição abundante (e pior ainda se acompanhada de álcool) já que as energias do organismo ficarão direcionadas para a digestão. Fazer uma refeição leve nas duas horas que precedem o sono.

A TV ajuda a dormir: A TV é facilitadora do adormecimento, mas as pessoas com insônia não devem adormecer no sofá ao ver TV, porque depois não vão dormir na cama. A luminosidade da TV pode atrasar o adormecimento e reduzem a pressão do sono com o cochilo no sofá.

É normal adormecer ao ver TV: Se você sempre adormece ao ver TV, há algo de errado e pode representar fadiga, privação do sono crônica ou sonolência excessiva por causa de doenças do sono como roncos e apneia.

As crianças devem habituar-se a dormir com claridade: Não é verdade! As crianças, como os adultos, devem dormir de noite às escuras. Se tiverem medo do escuro, pode-se utilizar uma luz de presença de baixa luminosidade. De dia, os bebês recém-nascidos devem, contudo, dormir com a luz ambiente normal para se habituarem à alternância do dia e da noite.

As crianças devem seguir os hábitos de sono dos pais:
Errado! Os pais devem respeitar a necessidade maior de horas de sono das crianças e garantir uma rotina de horário para dormir e acordar para elas.

Podemos dormir poucas horas nos dias de semana e compensar no fim de semana: A compensação de fim de semana nunca é perfeita e depende de quantas horas dormimos a menos por dia; torna-se difícil se, diariamente, dormimos menos 2 horas do que o necessário. Essa capacidade de compensação perde-se com o progredir da idade. Não se consegue fazer uma “poupança de horas de sono”.

O sono é dispensável, então,  podemos habituar o organismo a dormir cada vez menos: As pessoas que cronicamente dormem menos do que precisam, acumulando uma “dívida de sono”, têm um risco aumentado de insônia, depressão, esgotamento, diabetes, obesidade e pressão arterial alta.

Roncar é normal e é sinal de um bom sono: O “ dormi tão bem que até ronquei” é uma crença equivocada e atrasa o diagnóstico de roncopatia e de apneia do sono. O ronco frequente é sinal de respiração feita com dificuldade e esforço, além de ser uma causa de insônia e qualidade de sono ruim para o (a) companheiro (a) de cama.

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