Sono interrompido
As incertezas do momento e o estado constante de hipervigilância estão prejudicando o sono das pessoas. Levantamento feito pelo Instituto do Sono, de São Paulo, mostra que 55,6% dos mais de 1,7 mil entrevistados alegaram piora na qualidade do sono nos últimos meses.
Acompanhar o velório da avó pela internet, vítima da Covid-19, além de lidar com as consequências da doença no próprio corpo, atrapalhou o descanso da Renata Franca, empresária. “Durmo muito mal. Normalmente vou dormir cerca de duas horas da manhã forçando o sono, e acordo por volta das seis. Tem sido péssimo”, relata.
Para Fernando Mariano, médico especialista na área, embora exista predisposição genética para os prejuízos do sono, há fatores que acabam perpetuando o transtorno. “As pessoas ficam pensando que nunca mais vão dormir adequadamente. Abusam o celular, ficam muito alertas. Esse ciclo cria uma insônia crônica”, explica Mariano, que atua no Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia.
Link da matéria: https://redecomciencia.shorthandstories.com/reportagem1/index.html